Representante goiano na Copa do Brasil de futsal, o Instituto Set enfrentou muitas dificuldades antes da estreia na competição nacional. Apesar de ser de Goiânia, atuou no ginásio Newton de Faria, em Anápolis, por não ter quadra disponível – em dimensões oficiais – na capital na data.
“A Federação Goiana nos ajudou, o pessoal de Anápolis nos cedeu o ginásio. Em Goiânia hoje não tem um ginásio 40 por 20 disponível para jogar, por isso a gente veio jogar em Anápolis. Falta apoio, falta muita coisa. Precisamos agradecer o pessoal da Prefeitura do Senador Canedo, que cedeu uma quadra 40 por 20 para treinarmos durante a semana”, revelou Vitor Tavares, fixo da equipe amarela.
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Dificuldades
Vitor Tavares atua em quadra e também fora, nos bastidores, em busca de ajudar o comando do Instituto Set na busca por patrocínios. “Sou empresário e, por isso, tenho uma certa facilidade, um jogo de cintura fora da quadra. Nosso uniforme está parecendo um gibi porque não tem patrocínio (fixo ou master), é um amigo aqui, um amigo ali (com apoios pontuais). Estaremos representando o futsal goiano sem ajuda nenhuma, sem patrocínio nenhum, nem do governo estadual, nem da prefeitura municipal (de Goiânia)”, iniciou a explicação.
“Quem nos abraçou foi Senador Canedo, Anápolis, o vereador Sargento Novandir, e os amigos que ajudaram, como a drogaria Milano, DVL Construções, o Hiper Sena (do Pará), o Alucintas, Davi Fogaça Engenharia, Novo Cenário, o Suplementados, o WI. Quero agradecer a todos eles pela ajuda. Para se ter noção, para conseguir colocar as placas de patrocínio aqui (ao redor da quadra), a gente vendeu rifa a 20 reais. Então é a Copa do Brasil, é um campeonato profissional, mas, infelizmente, o futsal do nosso estado, do nosso país, ainda é dessa forma. E a gente precisa de ajuda, inclusive, pra jogar dia 5 lá em Campo Grande”, destacou Tavares. De acordo com o atleta, o transporte para a viagem foi conseguido com apoio político. “Foi o sargento Novandir que nos ajudou com o transporte para Campo Grande”, agradeceu.
Amor ao esporte e superação
Aos 38 anos, Vitor Tavares revelou, na entrevista ao EG, um recente drama pessoal e explicou a decisão de voltar a atuar no futsal, após descobrir problemas de saúde.
“Dentro da quadra, a gente está aqui por amor. Eu voltei a jogar um ano atrás, em janeiro passado, eu perdi minha mãe com 53 anos. Tinha quase a minha idade, ela. E descobri, dois dias depois, que eu estava diabético e hipertenso. Então, eu sou um diabético e hipertenso fazendo esporte, lutando e conseguindo jogar um campeonato profissional, conseguindo atuar. E fora da quadra, fazendo tudo que posso para ajudar o Set e o futsal a crescer”, revelou.
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Sem vantagem para a volta
Apesar de ter saído na frente, o Instituto Set viu o Pezão Sidrolândia reagir e o placar terminou 2 a 2. Com isso, nenhuma equipe tem vantagem para a volta e, em caso de novo empate, a definição vai para a prorrogação. O confronto de volta acontece no dia 5 de abril, em Sidrolândia, Mato Grosso do Sul, a partir das 20h30 (horário de Brasília). Quem passar, duela com o ganhador de União-TO x Sapezal-MT.
“A gente abriu 2×0, podia ter vencido o jogo, podia ter abrido a vantagem e ir mais tranquilos para a volta, mas a gente vai vivo. É um resultado igual, zerado, a gente vai para fazer o nosso melhor”, prometeu Vitor Tavares.