A participação do Vila Nova na Taça BH marcará a estreia de um novo trabalho na categoria sub-17 do clube. Muriel Fernandes, que estava há seis anos no Goiás, substituiu Zé Roberto no comando técnico. Apenas três semanas depois de receber o convite para treinar os jovens colorados, Fernandes já tem pela frente a principal competição da categoria no país.
– Tive duas semanas, com oito sessões de treino. Tivemos alguns amistosos e trabalhos específicos, então não é o ideal. O ideal seria ter, pelo menos, mais duas ou três semanas. Mas foi o suficiente para implementar um pouco a minha filosofia, de tentar propor jogo e também jogar. Vamos fazer um futebol ofensivo, de maneira equilibrada e organizada, sem jamais deixar de jogar com muita luta e entrega, como sempre foi a história do Vila Nova – destacou.
Apesar do pouco tempo de trabalho, o novo técnico está animado. Segundo ele, o Tigre oferece ótimas condições para o desenvolvimento dos jovens atletas.
– Encontrei um clube muito organizado, muito profissional e com um ambiente muito bom para se trabalhar. São coisas essenciais para a realização de um bom trabalho. Mesmo com pouco tempo de clube, já me sinto muito à vontade. Estou me doando ao máximo para fazer o melhor para o Vila Nova – disse.
Muriel Fernandes também respondeu sobre a importância da disputa da Taça BH na formação dos jogadores; ouça.
Otimismo e jogo bonito
Embora o tempo de trabalho não seja ideal, Muriel Fernandes projeta uma boa Taça BH para os garotos do Tigre. Para isso, o Vila terá trabalho duro. No grupo colorado estão Grêmio e São Paulo, sempre fortes na base, além do Uberaba. O técnico se diz ciente das dificuldades, mas não se rende. Fernandes também cita o desejo de praticar um estilo de jogo ofensivo e envolvente em Minas Gerais.
– Temos uma preocupação muito grande com o rendimento, não só com o resultado. No primeiro momento, queremos mostrar um futebol vistoso e ofensivo. Vamos tentar resgatar a cultura do futebol brasileiro, mas também sempre sendo uma equipe muito forte, bem preparada e focada para termos equilíbrio. Não vai ser fácil conseguir a classificação no grupo, mas estou muito otimista pelo trabalho. A gente tem que sonhar e acreditar. Quanto mais alto mirarmos, mais longe vamos chegar – argumentou.