Por Orisvaldo Pires
Sem calendário no mínimo para os próximos nove meses, os clubes anapolinos são desafiados a adotar planejamento para a temporada 2019 e, ao mesmo tempo, se aproximar de um modelo de gestão profissional. Especialmente nos casos de Anápolis e Anapolina, para muitos, é inadmissível continuar com a instabilidade verificada ao longo dos anos, em que os clubes se revezam nas visitas à segunda divisão.
No Galo, por exemplo, o fracasso na tentativa de uma relação duradoura com o empresário Francis Melo criou uma espécie de ‘vácuo’ de gestão. Esta situação foi agravada com o afastamento de André Hajjar da diretoria de futebol, no início de 2017, assim como a presença instável de Fernando Cunha na condição de presidente. Para suprir estas ausências, Degmar Pereira, então 2º vice, ascendeu à presidência, e para a direção de futebol foi chamado o ex-secretário de esportes e advogado Víctor Emanuel Ribeiro.
No final de 2017, o presidente do Conselho Deliberativo, José Paulo Tinazo, bradou uma espécie de ‘grito por socorro’. Insatisfeito com a falta de apoio para arcar com as despesas do clube, condicionou sua permanência na diretoria à mudança de comportamento dos demais dirigentes. Também em 2018, após o novo rebaixamento para a segunda divisão, o dirigente voltou a cobrar: “do jeito que está, não dá”.
O presidente do Conselho, na verdade, quer mais gente ajudando a resolver os problemas. Seu mandato vence este ano. A ‘família tricolor’ precisa decidir se o clube quer que Tinazo permaneça ou não no comando do Galo. O departamento profissional vai permanecer um ano desativado. Apenas em abril ou maio de 2019 inicia a formação de comissão técnica e plantel para a disputa da Divisão de Acesso.
Até lá, o desafio é manter as conquistas alcançadas em 2018 para as categorias de base: o direito de disputar a primeira divisão do sub-17 e do sub-20. A comissão técnica do ano passado foi desmontada, com a demissão de Alan George.