A má fase do Goiás quase culminou em mais uma troca no comando técnico. Na última semana, a diretoria esmeraldina cogitou substituir Sílvio Criciúma e chegou a abrir negociação com Rogério Micale, campeão olímpico com a seleção brasileira.
Uma conversa com os atletas, contudo, mudou os planos. O elenco pediu ao presidente Sergio Rassi que mantivesse Criciúma à frente da equipe. Essa foi a demonstração mais recente de carinho do grupo com o técnico. Campeão goiano, o comandante já demonstrou que goza de muito prestígio entre os jogadores, até mesmo entre os novatos.
-A decisão (de pedir a manutenção do treinador) foi por unanimidade. O Sílvio é um cara que vem trabalhando. Ele alcançou a oportunidade de estar à frente da equipe do Goiás e começou bem. Mas depois das últimas derrotas, foi tudo para cima dele. Mas isso é culpa de todos. Por isso nos unimos para poder ajudá-lo e a nós mesmos a alcançar os objetivos do clube – afirmou o recém-contratado zagueiro Matheus Ferraz.
Punição
Nesta terça-feira, 4, o clube esmeraldino, bem como o Vila Nova, foi punido com a perda de cinco mandos de campo, além de multa. A sanção foi causada pelas brigas entre as duas torcidas no último clássico, que também culminaram com a interdição do Estádio Serra Dourada. Por conta disso, o duelo contra o Luverdense, na sexta-feira, 7, foi transferido para o Olímpico.
Caso o departamento jurídico esmeraldino não reverta a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o Verde terá que realizar cinco partidas a, pelo menos, 200 km de Goiânia. Matheus Ferraz ainda não atuou com a torcida ao lado, mas já teme que a punição faça o clube perder a força que vem das arquibancadas.
– É um ponto ruim, por conta da questão da torcida. Poderíamos ter a torcida nos apoiando neste momento. Mas não podemos tratar isso como obstáculo. Temos que tirar a motivação do nosso objetivo no campeonato, que é o acesso. Temos de buscar isso, independente de torcida – ressaltou o defensor.