O ano de 2019 será de muitas novidades para o projeto do MonteCristo. O clube mudou seu departamento profissional para Anápolis que, embora esteja há apenas 50km de Goiânia, exige um tempo de transição. O técnico do projeto encabeçado pelo ex-jogador Dante e Paulo Martins será Hítalo Machado, vice-campeão da Superliga B em 2017 comandando o Jaó/Universo.
Em entrevista ao Esporte Goiano, o comandante do Anápolis Voleibol, que foi assistente de Jonas Fonseca na Superliga B deste ano, comentou a mudança de ares. Desde sua alçada para o cargo de treinador até a troca de municípios. Na opinião de Machado, as mudanças não são fáceis, mas o apoio que o projeto tem recebido na nova casa dá suporte para uma transição bem feita.
– A transição de assistente para técnico vem ocorrendo desde o fim da Superliga B. O Jonas saiu do projeto e eu assumi o cargo. Disputamos, como principal competição, os JUBs. Acredito que foi um trabalho bem realizado na inter-temporada. A transição para Anápolis está sendo algo inusitado. É uma cidade nova, mas que decidiu abraçar o projeto. Temos certeza que o Anápolis Voleibol está vindo para ficar muitos anos no cenário do vôlei profissional do país. Temos um trabalho muito bom a desenvolver na cidade. Só tende a crescer. Este ano é o início de tudo. A transição é bem complexa, seja de material, recursos humanos ou adaptação ao novo espaço. Vai levar um pouco de tempo, mas nos adaptaremos o mais rápido possível a Anápolis – opinou o técnico.
O MonteCristo, que mandava seus jogos na Superliga B na Arena MonteCristo, com capacidade para cerca de 2 mil pessoas, jogará em um ginásio bem maior em 2019. A casa do agora Anápolis Voleibol será o Newton de Faria, que comporta atualmente cerca de 6 mil espectadores. Na visão de Hítalo Machado, a cidade, neste curto período, já deu provas de que abraçará o projeto. O técnico, portanto, diz que espera ver a casa sempre cheia na próxima temporada. O comandante também espera que a presença da equipe possa desenvolver ainda mais o voleibol no município.
– Nós acreditamos que teremos uma ótima receptividade. Assim como Goiânia, Anápolis carece de eventos esportivos que fujam do futebol. O voleibol para cá é uma inovação. Existem categorias de base e pessoas boas que trabalham com a modalidade na cidade, mas que nunca tiveram a oportunidade de viver isso de perto. Estamos bem ansiosos para estar verdadeiramente na cidade e nos firmarmos mais em Anápolis. Queremos que as pessoas conheçam e abracem o projeto. Esperamos ver o Newton de Faria, que é um ginásio grande e amplo, sempre lotado – salientou.
Trabalho em quadra
A Superliga B deve ter início no fim de janeiro e, por isso, o trabalho do Anápolis Voleibol está a todo vapor. O time prefere ainda não revelar os nomes que estão acertados ou em negociação, mas a mira é alta. Dante, campeão olímpico e agora diretor esportivo, cuida das negociações ao lado de Paulo Martins. Segundo Hítalo, com o gabarito do novo diretor, a comissão técnica trabalha mais tranquila e focada nos métodos de quadra.
– O Dante tem nos dado total suporte na parte de contratação e busca de atletas no mercado. É um cara de muita credibilidade no mercado de voleibol. Tem nos trazido boas ideias. Quanto à parte técnica, ele deixa mais reservado à comissão, mas tem atuado muito no extra-quadra – elogiou.
Para a Superliga B de 2019, Hítalo Machado espera uma boa campanha. O treinador sabe que encontrará dificuldades num torneio cada dia mais competitivo, mas acredita que pode surpreender como em 2017.
– Nossas expectativas são as melhores possíveis para a Superliga B. Esperamos fazer uma boa competição, diferente do que já vivemos. Queremos algo bem maior. As expectativas são ótimas, mas temos que trabalhar muito para conquistar alguma coisa. É uma competição muito difícil de se jogar e o nível a cada ano aumenta mais. Trabalho vai ser nosso lema – garantiu.