Uma das maiores campeãs do futsal feminino goiano, ao lado do antigo Jaó/Universo (atual Goiás/Universo), a Hidráulica Brasil encerrou as atividades. A temporada de 2018 foi a última da equipe comandada por Daniela Dallago e a ausência de peso foi notada no Campeonato Goiano da modalidade.
Porém, de acordo com Dallago, o fim das atividades da equipe já estava programado desde o princípio do projeto. Em entrevista ao Esporte Goiano, ela detalhou o planejamento e explicou que o fechamento do time não tem a ver com carência de recursos.
– A gente tinha um planejamento. São 18 anos de atividade no futsal feminino. Já vínhamos nos programando, desde o ano passado, para fazer nosso encerramento na modalidade. Não foi uma questão financeira, estrutural. Durante esses 18 anos, tivemos todo o aporte e todas as condições necessárias para que nos mantivéssemos tanto regional quanto nacionalmente. Encerramos o ciclo. A Hidráulica não volta a trabalhar com futsal feminino. Terminamos com a consciência de que fizemos tudo o que tínhamos que fazer pelo futsal feminino – disse.
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A intenção da Hidráulica era formar atletas e cidadãs e, segundo Dallago, todo o planejamento temporal foi feito para que nenhuma menina tivesse a formação interrompida abruptamente.
– A gente sempre teve compromisso com a modalidade, com a Federação, e com nossas atletas. Trabalhamos com a proposta de não formar somente atletas, mas pessoas. Formamos nossas atletas, levamos até o último momento para não interromper o ciclo na metade do caminho. Planejamos para não deixar ninguém na mão e para que nossa parada não fosse traumática – expôs.
A diáspora de jogadoras da Hidráulica beneficiou muitas das equipes em Goiás. As atletas que brilhavam com a camisa alvirrubra agora defendem os antigos rivais. Além disso, elas continuam, como previa o projeto, como bolsistas na Faculdade Araguaia.