O goleiro Ramón Souza, do Grêmio Anápolis, revelou nesta quinta-feira (11), após prestar depoimento na Central de Flagrantes sobre o episódio em que acabou atingido por uma bala de borracha disparada por um policial que fazia a segurança da partida contra o Centro-Oeste, que chegou a pedir para o militar abaixar a arma pouco antes do disparo.
“Ele (policial) empurrou um dos atletas e apontou a arma em direção ao rosto dele. Pedi para ele abaixar a arma, e me mandou ir para trás. Quando dei os passos para trás, ele efetuou o disparo”, disse em entrevista coletiva.
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Ramón ressaltou que jamais chegou perto de agredir o policial e, inclusive, obedeceu a ordem de recuar. “Em nenhum momento tentei agredi-lo. Quando me mandou ir para trás, dei um passo para trás. Pedi para baixar a arma porque apontou para o rosto de um companheiro”, frisou. “Estávamos numa discussão de jogo. Coisa normal, que acontece. Não houve pancadaria”, destacou.
O arqueiro diz que, no momento em que foi atingido, a primeira reação foi de desespero. “A gente fica abalado psicologicamente pela situação. Senti muita dor, queimando, e isso interfere em alguns movimentos.”
O goleiro teve perda de pele, conforme o departamento médico do clube, e uma lesão no músculo da coxa atingida. Ainda não se sabe a total extensão dos danos, mas Ramón não atua nas rodadas finais da Divisão de Acesso.