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Movido por sonhos, Gabriel Limongi mira Olimpíadas e boxe profissional

Pouco difundido em Goiás, o boxe segue com muitos fãs e praticantes por todo o Brasil. Apesar das dificuldades, um goianiense tenta o sucesso na modalidade. Aos 19 anos, Gabriel Limongi da Silva compete na categoria meio médio ligeiro (até 64 kg)

A inspiração para entrar no mundo das lutas veio do pai Zangão, que dava aulas de Muay Thai. No entanto, o envolvimento direto com o boxe só veio a partir de 2014, quando passou a viajar para Brasília. “Apesar de sempre gostar do esporte, não tinha oportunidades em Goiânia. Só entrei de fato na modalidade que era apaixonado quando comecei a viajar”.

E os resultados não demoraram a aparecer. Chegou ao pódio nos dois Campeonatos Brasileiros que disputou. Em 2016, foi terceiro colocado. Já em 2017, acabou como vice-campeão, perdendo a final por decisão dividida (3×2) para Nícolas Leonel Rocha de Jesus/RJ, que era o atual campeão nacional.

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“Não me consideravam um dos favoritos, mas eu confio no meu trabalho e no do professor. Sei que estou no nível nacional. Fui para ser campeão, mas, infelizmente, perdi a final. Ainda assim, estou feliz pelo vice”.

(Foto: Vitor Monteiro/Esporte Goiano)

Preparação

Com treinamentos diários, com duração entre uma hora e uma hora e meia, Gabriel Limongi aumenta a carga quando os combates se aproximam. “Quando tem lutas próximas, eu elevo um pouco a quantidade, mas basicamente é isso. A pesagem costuma ser no mesmo dia da luta, então eu perco pouco peso. Meu peso normal é 68 kg e eu luto no 64 kg. Então isso eu vou perdendo durante a semana, devagarzinho, para não ter o risco e me sentir saudável”.

Uma das maiores dificuldades de Limongi é a falta de um calendário mais extenso de competições da modalidade na capital. “Não temos muitos campeonatos em Goiânia, mas sempre que tem, estou participando. Para evoluir, o atleta tem de lutar, por isso, viajo para Brasília, Mato Grosso e Bahia para treinar e participar de torneios”.

Planos, futuro e estratégias 

Inspirado no filipino Manny Pacquiao, ídolo e multicampeão do boxe mundial, o goiano já disputou 21 lutas. Disputou seu primeiro combate aos 14 anos e, apesar do revés, foi muito elogiado pelo seu adversário, que tinha conquistado um título nacional.

Na última vez que entrou no ringue, Limongi não deu chances à Wesley Piá e ganhou por decisão unânime dos árbitros. Confira um pouco da luta no vídeo abaixo:

O terceiro Fênix Open Fight foi disputado no último domingo, no Ginásio Cruzeiro do Sul, em Aparecida.O evento teve 30 lutas, de Boxe, Muay Thai e K1.Assista um pouco do combate entre Gabriel Limongi (vice campeão brasileiro juvenil) e Weslley Maia, pela categoria 66 kg.#boxe #lutas #combate #sports

Posted by Esporte Goiano on Tuesday, May 1, 2018

O principal objetivo de Gabriel Limongi, no momento, é seguir a preparação para o Brasileiro. Os próximos passos são realizar os sonhos: primeiramente chegar às Olimpíadas, sonho da sua mãe, depois atuar no boxe profissional, meta pessoal.

Por fim, o atleta aproveita para destacar a importância da modalidade, ressaltando toda a questão estratégica incluída no esporte. “Muita gente enxerga que boxe é briga. Mas só quem luta sabe mesmo que é uma questão de jogo, de inteligência. É mais estratégia do que porradaria mesmo. É tipo um videogame, com seu plano a seguir, lutar onde o adversário é fraco. Essa parada de briga é mais para os leigos, quem está lá dentro (do ringue) sabe. Eu luto de acordo com o adversário. Sempre começo testando o cara, vendo como é. Depois vou encaixando conforme as brechas dele. Onde for o ponto fraco dele, eu vou focar minha estratégia”.

Vitor Monteirohttps://esportegoiano.com.br/
Jornalista formado pela UFG (Universidade Federal de Goiás). Co-fundador do site Esporte Goiano, comentarista da TV Brasil Central e da Rádio Positiva FM. Trabalhou também na Rádio Universitária 870 AM, TV UFG, Rádio 730/Portal 730, Rádio Sagres, TV Sagres, jornal O Popular, MyCujoo, Eleven Sports e Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) de Goiás.
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