Neste final de semana, o Autódromo Internacional Ayrton Senna recebe a abertura da temporada da Copa Truck. Um dos pilotos do grid é Felipe Giaffone, da equipe Usual Racing (Iveco). Em entrevista concedida à TV Brasil Central, o paulista falou um pouco da etapa de Goiânia, as mudanças no regulamento e também sobre Fórmula 1.
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Felipe Giaffone, filho do ex-piloto Zeca Giaffone, possui o automobilismo gravado em sua genética. Tricampeão da extinta Fórmula Truck, ele venceu a Copa Truck em 2017 e afirma que o sucesso de um corredor na competição não é somente individual. “No automobilismo você depende muito do conjunto. O caminhão precisa estar ‘redondo’, precisa ter uma equipe boa por trás, no (meu) caso é a Usual Racing. É uma equipe nova, de Laranjal Paulista. A gente começou junto. Não é só o piloto, não adianta só a marca do caminhão, todo mundo faz a diferença”, comentou.
Abertura da temporada
O piloto de 46 anos também aproveitou para elogiar o palco da abertura da temporada deste ano. “O Autódromo de Goiânia é um dos melhores do Brasil. Você tem Interlagos, que por ter a Fórmula 1 tem-se uma estrutura maior para carregar o evento. Mas como pista, tem todo tipo de curva e o mais importante: boas áreas de escape. Quando você vem aqui, é difícil bater, e isso custa dinheiro para as equipes. Não só o lado da segurança, mas também o financeiro”, analisou.
Na Copa Truck de 2021, houveram muitas mudanças no regulamento. Uma delas é a criação da Super Truck, uma modalidade específica para os iniciantes na categoria. Ao contrário da Stock Car, por exemplo, a Copa Truck não possui divisões inferiores. Quando um piloto deseja entrar no torneio, ele vai diretamente atuar ao lado dos profissionais. “A Super Truck é para os pilotos menos experientes. Como entre os pilotos há aquela desigualdade, criou-se a categoria para eles terem uma chance de disputar”, explicou Felipe Giaffone.
Fórmula 1
Por fim, ele também falou sobre a sua experiência de comentarista na Fórmula 1 e deu sua opinião acerca da falta de pilotos brasileiros no grid. “Hoje, infelizmente, na Fórmula 1, que antes na época do Rubinho tinham vários brasileiros chegando, você com 3, 4 milhões de dólares de patrocínio conseguia sentar em uma equipe pequena. Hoje esse número é de 30, 40 milhões. Não basta o piloto ter dinheiro, precisa ter o apoio de uma empresa do Brasil que realmente acredite e apoie”, concluiu.
As duas corridas da Copa Truck deste final de semana acontecem no domingo (23), a partir das 14 horas, no Autódromo Internacional de Goiânia.