Falta menos de uma semana para o início do Campeonato Goiano e a participação do Goiânia no torneio é uma incógnita. Divergências políticas entre os dirigentes atrapalham o planejamento e a preparação da equipe que em 2019 surpreendeu ao ser semifinalista da competição.
Até o momento nenhum jogador foi inscrito para a disputa do Estadual, a solução seria entrar em campo com um time sub-20 para evitar o W.O. no jogo de estreia contra o Iporá no Estádio Olímpico.
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De acordo com o meio-campista Miguel, os jogadores estão passando dificuldades financeiras e com alimentação.
“Desde que a Aprovec saiu a gente está passando por dificuldades aqui no clube. O Arione que é o presidente até agora não veio aqui falar conosco, não veio ‘dar a cara’. Ontem tivemos um amistoso e nós fomos para o jogo com fome porque tem três ou quatro dias que não comemos direito no CT, inclusive hoje não tem almoço e um funcionário do clube saiu para poder comprar uma mistura pra gente almoçar. É lamentável toda essa situação, até agora nada do nosso pagamento também e nós não podemos ficar passando necessidade aqui, a maioria é pai de família e a gente quer o mais rápido possível uma solução”, revelou Miguel.
Quem também lamentou essa situação foi o auxiliar técnico Henrique Santos, em entrevista à Rádio CBN Goiânia, ressaltou que com todos esses problemas extracampo a pré-temporada do Galo está comprometida.
“Realmente é uma situação muito complicada o que nossos atletas estão passando aqui. É lamentável ver essa situação, nossos atletas com dificuldades para se alimentarem isso não é normal. O Arione não aparece, não atende ninguém. A preparação fica prejudicada, não tenha dúvida. Qual é o atleta que consegue desempenhar um futebol de alto rendimento com salário atrasado, com falta de alimentação e com esse impasse?”, analisou.
A crise foi instaurada no Galo Carijó, desde que o então diretor de futebol Alexandre Godói anunciou que deixaria o clube porque não trabalharia com o presidente Arione de Paula.