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quinta-feira, novembro 21, 2024
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América do Sul tem chance contra a Europa na próxima Copa do Mundo?

Desde 2006, apenas seleções europeias conquistaram a Copa do Mundo, com exceção, é claro, da última edição, vencida pela Argentina. Mas os torcedores já estão aproveitando as apostas online que oferecem bônus para prever o seguinte cenário: no próximo Mundial a América do Sul terá chances ou, provavelmente, o título voltará a ficar com um representante do Velho Continente?


Historicamente, sempre houve alternância de campeões. Fora os bicampeonatos de Itália (1934/1938) e Brasil (1958/1962), a cada edição da Copa do Mundo, uma seleção de um continente diferente ficava com a taça. E, assim, a cada quatro anos o troféu atravessava o Atlântico.

Em 2006, porém, a Europa iniciou um período hegemônico que só foi interrompido pelo título argentino em 2022. Ainda assim, é bom lembrar que a Argentina tem uma seleção bastante inferior às que já teve no passado.

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Acontece que, para a sorte de nossos vizinhos, eles contavam com dois jogadores fora de série: Messi e Di María. O segundo já anunciou sua aposentadoria da seleção, enquanto o primeiro vive seus últimos momentos com a camisa da Albiceleste.

América do Sul enfraquecida

Além disso, a Argentina venceu, na final da Copa do Mundo de 2022, uma França absolutamente desfalcada por lesões. Os europeus jogaram o torneio sem Pogba, Benzema e Kanté, por exemplo, jogadores que teriam sido titulares absolutos.

Assim, a conquista argentina ocorreu em uma situação bastante singular. Ou seja, isso não representa um retorno do futebol sul-americano ao topo do cenário de seleções. Sem Messi e Di María, a Argentina volta a ser uma seleção mediana, mesmo posto que o Brasil ocupa atualmente.

A América do Sul, portanto, está bastante enfraquecida, uma vez que Brasil e Argentina sempre foram seus principais representantes. O favoritismo para as próximas edições da Copa do Mundo, até pelo número de representantes, é da Europa, que deverá seguir ampliando a diferença de títulos em relação aos sul-americanos.

Brasil enfrenta dificuldades contra europeus

Nas últimas cinco edições da Copa do Mundo, o Brasil foi eliminado pela primeira seleção europeia que enfrentou no mata-mata.

Em 2006, os franceses foram os algozes. Depois, a Seleção Brasileira seria eliminada por Holanda (2010), Alemanha (2014), com uma goleada humilhante, Bélgica (2018) e Croácia (2022).

Além de ter sido eliminada no primeiro confronto contra europeus, o peso dos adversários foi decaindo. Se antes o Brasil fora batido por França, Holanda e Alemanha, seleções tradicionais, nas duas últimas Copas, os carrascos já foram bem menos expressivos: Bélgica e Croácia.

Única seleção pentacampeã mundial, o Brasil atravessa o pior momento de sua história e será preciso uma mudança profunda para que este cenário não se mantenha nos próximos anos.

Futebol europeu mostra evolução

Enquanto o futebol sul-americano tem decaído, o europeu vem evoluindo ao longo dos últimos anos. A própria França consolidou seu poder nos últimos 25 anos. A Espanha é outro exemplo de sucesso recente – de seleção mediana, a Fúria tornou-se uma das principais potências do esporte bretão.

O único retrocesso tem sido o da Itália, que, assim como o Brasil, está muito longe do nível que costumava apresentar.

Mas a que se deve essa evolução? Em primeiro lugar, desde o fim dos anos 1990, o futebol europeu começou a importar em grande escala a melhor mão de obra futebolística do mundo.

Dessa forma, os melhores jogadores, treinadores e profissionais envolvidos no futebol passaram a trabalhar na Europa. E isso, é claro, ajudou o futebol do continente a evoluir, ao passo que, na América do Sul, o processo era o inverso.

Com os melhores profissionais indo para o exterior, o futebol local passou a ser tocado por nomes menos qualificados.

Além disso, com os jogadores daqui indo cada vez mais cedo para a Europa, o futebol brasileiro, argentino e sul-americano em geral foi perdendo suas especificidades. O esporte bretão acabou ficando mais homogêneo, adotando os padrões de jogo europeus.

Ou seja, com o futebol cada vez mais padronizado, as seleções foram ficando niveladas e, portanto, acaba levando a melhor os países que têm mais dinheiro e conseguem oferecer mais estrutura para a formação e desenvolvimento de seus profissionais.

Cenário para o futuro

Olhando para o futuro, fica difícil imaginar um “renascimento” do futebol brasileiro, por exemplo. Qualquer cenário diferente de um domínio europeu parece utópico.

Os últimos resultados, com a exceção já mencionada, comprovam isso. Vejamos, portanto, o que acontecerá nos próximos anos.

Será que o Brasil voltará a ser a seleção que encantava o mundo? Há muito tempo o país não revela craques do nível dos do passado. Mas, no futebol, tudo é possível, e a esperança, é claro, é sempre a última que morre.

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