A temporada 2025 da Terceira Divisão Goiana terminou no último fim de semana. Porém, o América de Morrinhos prometeu levar aos tribunais uma reclamação de que Bom Jesus e Crixás não poderiam disputar o torneio, por descumprimento de um artigo do Regulamento Geral de Competições da FGF 2025. A alegação é que deveriam ter disputado algum torneio federado, ao menos na base, nos últimos anos ou primeiro semestre. No entanto, o CEO da Federação Goiana, André Pitta, descartou a possibilidade de “tapetão” no estadual.
“Falei com o presidente (do América), esclarecendo isso a ele. Sobre regulamento, tanto Bom Jesus, quanto Crixás solicitaram liberação à Federação antes da competição para participar e a FGF concedeu a autorização. Os mesmos participaram do Conselho Técnico, junto com todos clubes e, a partir disso, foram inseridos na competição no regulamento específico. Quando você vai no regulamento geral, que é o mesmo local que fala do impedimento do clube, tem outro artigo, o artigo 8 do capítulo 3, fala que, havendo conflito, prevalece o contido nas normas, que, no caso, é o regulaemtno específico da competição, que constava os clubes aptos a participar”, esclareceu André Pitta, em entrevista à Rádio Morrinhos FM.
Mais do futebol goiano:
-> Goianão 2026 terá novo formato; confira grupos e mais detalhes
-> Assista o que disse o presidente do América de Morrinhos sobre o assunto
“A Federação autorizou, por ser dever dela de fomentar, de ter todos clubes participando ao máximo das competições. Além disso, nenhum clube foi contrário a isso no conselho técnico (da Terceirona). O Estatuto do Torcedor fala que tabela tem de ser publicados 45 dias antes da competição, dando direito aos torcedores, dirigentes ou quem quiser fazer qualquer tipo de questionamento, o que não foi feito, nem pelo América”, prosseguiu o dirigente da Federação Goiana.
Sem virada de mesa
“Além do que, os tribunais estão muito claros de não atender decisões onde o clube esperar terminar o campeonato para tentar se beneficiar de uma decisão somente após o encerramento (do torneio), de um assunto que, possivelmente, já tinha conhecimento anteriormente. Os tribunais ententem isso como estrategia de virada de mesa. Isso não é permitido e não tem sido levado em consideração”, concluiu Pitta, lembrando o entendimento atual da justiça desportiva em casos semelhantes.
O dirigente da Federação Goiana ainda pontuou que o trabalho desenvolvido pelo América de Morrinhos deve ser destacado. Porém, que o clube deve se concentrar em subir “dentro das quatro linhas”.
“O América deveria valorizar o retorno dele, com competitividade, com o belo trabalho que foi feito, saber que foi um campeonato difícil e equilibrado. Como dizem, é sacudir a poeira e pensar no ano que vem para buscar o acesso dentro de campo”, finalizou.

