Historicamente, o esporte goiano tem se mostrado uma verdadeira fábrica de talentos que brilham nos mais diversos palcos nacionais e internacionais. Atletas de diferentes modalidades, nascidos no coração do Brasil, têm alcançado feitos notáveis, levando o nome de Goiás para além das fronteiras do país.
Em esportes coletivos ou individuais, eles mostram que o Centro-Oeste também é um celeiro de campeões. Mais do que isso, a variedade de modalidades em que esses atletas se destacam é uma prova da versatilidade do esporte no estado, e cada um desses nomes carrega a força de uma trajetória inspiradora. Com histórias de superação e conquistas expressivas, eles deixaram sua marca e continuam inspirando novas gerações.
Roberly Felício (poker)
Natural da cidade de Anápolis, Roberly Felício é um dos maiores nomes do poker goiano e brasileiro, tendo também levado o seu talento para as mais importantes mesas do cenário internacional. Em 2018, ainda como jogador recreativo, ele foi a Las Vegas e faturou o evento Colossus, da World Series of Poker (WSOP), se tornando o quarto jogador do Brasil a conquistar um título mundial na história da modalidade.
A vitória de Felício foi um marco não apenas para ele, mas para o poker nacional como um todo, colocando Goiás no mapa do esporte. Impulsionado pelo seu sucesso, o time do estado de Goiás conquistou, já no ano seguinte, o Campeonato Brasileiro de Poker por Equipes.
Triunfos como esses ajudaram a popularizar o esporte na região, seja em eventos presenciais ou na vertente online, que oferecem a oportunidade de novas pessoas aprenderem como se joga poker e participarem de torneios com outros jogadores do mundo todo. Diretamente ou indiretamente, Roberly simboliza a popularização do quinto esporte da mente em território goiano.
Túlio Maravilha (futebol)
Quando se fala em futebol goiano, é impossível não mencionar Túlio Maravilha, um dos maiores artilheiros da história do futebol nacional. Nascido na capital Goiânia, o centroavante teve uma carreira marcada por gols e carisma, atuando por mais de 40 clubes, incluindo gigantes como Botafogo, Corinthians, Fluminense e Cruzeiro. Chegou, é claro, também à Seleção Brasileira, pela qual foi vice-campeão da Copa América em 1995.
Entre suas conquistas mais importantes estão os títulos do Campeonato Brasileiro de 1995 pelo Botafogo, um Paulistão pelo Corinthians em 1997, uma Recopa Sul-Americana com o Cruzeiro em 1998 e quatro Campeonatos Goianos com o Goiás (1987, 1989, 1990 e 1991). Individualmente, foi eleito o melhor atacante do futebol nacional em 1994 e 1995.
Laís Nunes (luta livre olímpica)
Goiana de Barro Alto, Laís Nunes é uma das maiores representantes da luta livre olímpica no Brasil. Ela começou no esporte ainda criança, praticando o judô em projeto social em sua cidade, e desde então, trilhou um caminho de muitas conquistas, tornando-se uma inspiração para outras mulheres que desejam seguir carreira nas artes marciais.
Os resultados de maior destaque na carreira de Laís foram as medalhas de ouro e bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023 e Lima-2019, respectivamente. Ela também tem duas participações olímpicas, no Rio-2016, sendo eliminada na primeira fase, e Tóquio-2020, ficando com o 14º lugar.
Dante (voleibol)
Outro goiano que fez história no esporte é Dante, um dos maiores jogadores de voleibol que o Brasil já teve. Natural de Itumbiara, ele despontou para o esporte ainda jovem e logo se consolidou como uma peça fundamental na Seleção Brasileira principal, se tornando conhecido por sua força no ataque e bloqueio, além da liderança dentro de quadra.
Com Dante na equipe nacional, o país viveu uma das eras mais vitoriosas de sua história, conquistando títulos importantes como o ouro olímpico em Atenas-2004, três Campeonatos Mundiais e duas Copas do Mundo. Por clubes, atuou em 11 equipes diferentes, seis delas no Brasil, duas na Grécia, uma na Itália, uma na Rússia e outra no Japão.
Rodrigo Parreira (atletismo paralímpico)
Nascido no município de Rio Verde, Rodrigo Parreira é um exemplo de superação e talento no atletismo paralímpico. Portador de paralisia cerebral que afeta sua coordenação motora e o lado esquerdo do corpo, ele entrou para o esporte após sua mãe ver a divulgação de um teste na televisão. Ele então mergulhou de cabeça na atividade e chegou à Seleção Brasileira ainda no mesmo ano, em 2013.
Entre seus grandes feitos estão as medalhas de prata nos 100m e bronze no salto em distância nos Jogos Paralímpicos do Rio-2016. Em Mundiais, ele subiu ao pódio outras três vezes, com o segundo lugar em Londres-2017 e Dubai-2019, além de um bronze em Kobe-2024. Por fim, foi campeão Parapan-Americano em Lima-2019 e ficou com o vice em Santiago-2023.