O Atlético-GO usou as redes sociais para anunciar oficialmente o retorno do meia Jorginho, de 33 anos, para a quinta passagem do jogador pelo clube rubro-negro. O meia retorna para casa mais uma vez para, quem sabe, a última dança pelo Dragão.
Quando chegou pela primeira vez ao CT do Urias Magalhães, em janeiro de 2013, Jorginho era um jogador franzino vindo do rival Vila Nova. Naquela altura, a transferência não causou tanto impacto porque o meia era ainda um jogador apenas promissor. Ninguém fazia ideia de que Jorginho se tornaria o jogador, de linha, com mais jogos pelo clube nesta fase da história rubro-negra desde a chegada de Adson Batista ao comando do futebol atleticano.
Mais colunas no EG:
-> Dança das cadeiras no comando de times goianos é analisada
-> Vila tenta quebrar longo tabu
Jorginho é tetracampeão goiano (2014, 2019, 2020 e 2022) pelo Atlético-GO e também ergueu a principal taça da história atleticana, a Série B do Campeonato Brasileiro de 2016. É vitorioso e tinha tudo para ser um grande ídolo da torcida. No entanto, as inúmeras saídas do clube para defender outras camisas colocaram uma certa questão para os rubro-negros.
Não fossem essas saídas, Jorginho teria, provavelmente, mais jogos até mesmo que o goleiro Márcio, líder neste ranking desde 2006. Jorginho saiu para o futebol sul-coreano, foi para o Oriente Médio, para o Athletico-PR e para o Sport.
O que esperar?
Para quem imagina que Jorginho volta ao Atlético-GO no ocaso da carreira, pode estar enganado. Na temporada passada, o meia fez um bom trabalho com a camisa do Sport Recife e poderia renovar automaticamente o contrato com o clube pernambucano. Pelo Leão, Jorginho fez 54 jogos, marcou 13 gols e distribuiu 9 assistências.
Mais uma vez, Jorginho mostrou sua inquietude e rumou para o CRB, onde foi campeão estadual e vice-campeão da Copa do Nordeste. A última partida disputada foi no início de maio.
No Dragão, Jorginho encontra um cenário delicado. O jogador não terá muito o que fazer para evitar o rebaixamento cada vez mais próximo para o clube atleticano. A ideia é que o meia seja um representante da torcida em campo, assim como é o atacante Luiz Fernando, para que o Atlético-GO possa terminar sua participação na Série A com dignidade.
Com contrato para 2025, o meia será um nome importante na próxima temporada que tem pela proa a missão do tetracampeonato goiano inédito e, muito provavelmente, a luta para recolocar o Dragão novamente na elite.
*A coluna Resenha Crônica, assinada pelo jornalista João Paulo Di Medeiros, vai ao ar duas vezes por semana.
Acompanhe o EG também nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e Youtube.