Na disputa do tênis de mesa das Paralimpíadas Universitárias de 2022, um dos destaques foi o goiano Fernando Maike, de 30 anos. Na modalidade em questão, o atleta faturou uma medalha de ouro no individual, duas pratas nas duplas e um bronze no individual geral. Após tanto sucesso, ele concedeu uma entrevista ao EG.
Mais das Paralimpíadas Universitárias
Goianos conquistam um total de 46 medalhas na competição
Natural de Goiânia, Fernando Maike nasceu de parto prematuro. Apesar de ter nascido na capital estadual, o atleta morou no interior do estado, mais precisamente na cidade de Campo Limpo de Goiás, até os 17 anos de idade. Em seguida, Fernando Maike e a família mudaram-se para Nerópolis em 2012.
A trajetória esportiva de Fernando começou apenas no final de 2018, quando estava se preparando para entrar na faculdade. Conseguiu ingressar na Universidade Federal de Goiás (UFG), a fim de estudar Gestão da Informação.
No ano seguinte, Fernando Maike já estava treinando três vezes por semana na Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego), e participou de um torneio em Goiânia. Porém, ocorreu um grande contratempo.
“Em 2020 veio a pandemia, que durou até 2021 e me impediu de continuar com a regularidade dos treinamentos. Consegui treinar muito pouco, em Nerópolis mesmo”, conta.
O sucesso nas Paralimpíadas Universitárias
O próprio Fernando Maike descreve o sucesso nas Paralimpíadas Universitárias como “melhor do que esperava”. O atleta fez parte da delegação goiana, que levou para casa 46 medalhas com a conclusão do torneio em João Pessoa (PB).
No entanto, o mesa-tenista mantém os pés no chão. “As Paralimpíadas Universitárias foram basicamente minha estreia a nível nacional. Ainda tenho um caminho a evoluir”, ressalta.
O próximo passo de Fernando Maike é tentar participar do Nacional Platinum em São Paulo, no mês de dezembro. Até lá, ele continuará conciliando os treinamentos na Adfego com os estudos na UFG, além de um trabalho no Colégio Estadual em Nerópolis.
“O objetivo agora é me formar na faculdade, conseguir um emprego e treinar bem para ter um bom nível e obter patrocínio para participar de competições pelo Brasil”, conclui.