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sexta-feira, abril 19, 2024
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Desculpe o transtorno, precisamos falar de Frank Lampard – Por Murilo Nascente

Hoje serei obrigado a me desculpar com os leitores desse blog e pedir licença a quem sempre vem buscar opiniões/informações sobre o Vila Nova. Sei que o objetivo principal desse espaço, e quase único, é falar sobre o Tigre da vila famosa, mas hoje, só hoje, eu vou me permitir tocar em outro assunto. Desculpe o transtorno, mas precisamos falar de um certo camisa 8.

Hoje era para ser mais um dia comum, qualquer. E acho que pra grande maioria das pessoas será mesmo, mas não para mim. Não para quem cresceu brigando com as irmãs para ficar com a TV nas manhãs de sábado e domingo para assistir os jogos do Chelsea, desde que passavam nas antenas parabólicas, no início de 2000. Não para quem aprendeu a amar um clube de forma espontânea, sem nem perceber que esteva se apaixonando. Não, definitivamente não será um dia qualquer para mim.

Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. Vi um certo inglês, conhecido como Joe Cole, acertar um chute do meio do campo no ângulo esquerdo do goleiro da Suécia. Corri no meu álbum de figurinhas e procurei o tal do Joe Cole: jogava no Chelsea. Mais tarde, vi um Marfinense dando show em campo. Álbum de figurinhas: jogava no Chelsea. Rapaz, não era possível! Que timaço devia ser esse Chelsea! Vou ter que jogar com ele no videogame.

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E foi assim o início de uma paixão que ainda não chegou (e acho que nem chegará) ao fim. Na Copa 2006 não lembro de ver o Frank Lampard, mas lembro de cada momento posterior à isso, que o vi desfilar com o manto sagrado azul de Londres. Um dos caras que me fez entrar ainda mais no mundo do futebol, a ponto de definir a minha profissão por isso e hoje me tornar quem sou. Não é só um ídolo do esporte, é uma inspiração pra mim.

Depois de tanto tempo vestindo a camisa azul do Chelsea, um dia Super Frank teve que vestir a camisa azul do Manchester. Foi horrível, mais ainda quando ele entrou no final de uma partida no Etihad Stadium, onde o Chelsea vencia por 1 a 0 o City, e com um chute de fora da área, o nosso camisa 8 empatou a partida para os adversários. Na súmula do jogo, gol normal. Mas no rosto de Lamps e nas lágrimas que desceram em seguida, ficou claro: gol contra.

Achei que esse gol seria a minha lembrança mais dolorosa nessa relação fã/ídolo com Super Frank, mas não. O dia de hoje, 02 de fevereiro de 2017, com certeza assumirá esse posto. Ainda mais porque tinha esperanças de que ele voltaria a jogar com a camisa do Chelsea, mesmo que fosse para estar ali no banco de reservas. Na verdade, só hoje percebi que era bobeira ficar esperando ele voltar a vestir a nossa camisa 8, até porque ele nunca deixou de vesti-la.

Como torcedor do Chelsea, obrigado pelas 203 vezes que nos fez vibrar com a alegria máxima do futebol, o gol. Número que aliás o tornou merecidamente o maior artilheiro da história do Chelsea. Com apaixonado (e hoje profissional) pelo esporte, obrigado por ter existido. Obrigado, meu camisa 8!

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