O esporte deixa marcas nas vidas das pessoas que a ele se dedicam. Uma destas é o sargento do Corpo de Bombeiros de Goiás, Diogo Lambert. Ele foi atleta de taekwondo durante toda a juventude e, há 14 anos, exerce a profissão de bombeiro militar.
Lambert levou para a profissão diversos ensinamentos dos seus mais de 15 anos na modalidade. “Levei a disciplina, o foco, o respeito à hierarquia e a perseverança. Sou muito grato ao taekwondo por me preparar para esta segunda vida”, afirma.
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O sargento iniciou sua carreira no taekwondo na infância, aos 11 anos. Desde os 15 competia em torneios nacionais. “Gostava muito. Ficava ansioso para as competições e seletivas”, revela. Aos 17 anos, entrou na seleção goiana e ficou nela até o fim da sua carreira, por cerca de dez anos.
Lambert relembra que, naquela época, as dificuldades eram ainda maiores. Se hoje o apoio ainda é pequeno, há algum tempo ele era totalmente inexistente.
“A gente teve fases não tão boas, com ginásios vazios, atletas sem perspectiva. Cheguei a competir em campeonatos nacionais viajando sozinho, sem dinheiro no bolso para representar Goiás. Hoje temos uma federação estruturada. Ver um campeonato cheio é muito satisfatório. Cheguei a competir com fita crepe riscada no chão”, conta.
Hoje, o bombeiro, que sobreviveu ao acidente de helicóptero que matou o ex-atacante Fernandão, ídolo do Goiás e do Internacional, encontra um cenário diferente, com ginásio cheio e muitos jovens honrando o legado do taekwondo goiano.
“Eu fico ansioso ao ver isso. Coração já acelera. A gente sente a adrenalina, a expectativa. Quando competia, a gente treinava nessa expectativa de competir. Era nosso ápice. Ver esses meninos lutando, dando tudo de si para se classificar, os técnicos envolvidos, a gente fica muito feliz e com muita saudade”, destaca.